A Estrada Da Noite é o livro de estreia do filho do Stephen King, Joe Hill. Uma mistura de terror e ação com um pouco de suspense narrados de forma chata e cansativa.
Sinopse
Uma lenda do rock pesado, o cinquentão Judas Coyne coleciona objetos macabros: um livro de receitas para canibais, uma confissão de uma bruxa de 300 anos atrás, um laço usado num enforcamento, uma fita com cenas reais de assassinato. Por isso, quando fica sabendo de um estranho leilão na internet, ele não pensa duas vezes antes de fazer uma oferta.
“Vou ‘vender’ o fantasma do meu padrasto pelo lance mais alto...”
Por 1.000 dólares, o roqueiro se torna o feliz proprietário do paletó de um morto, supostamente assombrado pelo espírito do antigo dono. Sempre às voltas com seus próprios fantasmas - o pai violento, as mulheres que usou e descartou, os colegas de banda que traiu -, Jude não tem medo de encarar mais um.
Mas tudo muda quando o paletó finalmente é entregue na sua casa, numa caixa preta em forma de coração. Desta vez, não se trata de uma curiosidade inofensiva nem de um fantasma imaginário. Sua presença é real e ameaçadora.
O espírito parece estar em todos os lugares, à espreita, balançando na mão cadavérica uma lâmina reluzente - verdadeira sentença de morte. O roqueiro logo descobre que o fantasma não entrou na sua vida por acaso e só sairá dela depois de se vingar. O morto é Craddock McDermott, o padrasto de uma fã que cometeu suicídio depois de ser abandonada por Jude.
Numa corrida desesperada para salvar sua vida, Jude faz as malas e cai na estrada com sua jovem namorada gótica. Durante a perseguição implacável do fantasma, o astro do rock é obrigado a enfrentar seu passado em busca de uma saída para o futuro. As verdadeiras motivações de vivos e mortos vão se revelando pouco a pouco em A estrada da noite - e nada é exatamente o que parece.
Ancorando o sobrenatural na realidade psicológica de personagens complexos e verossímeis, Joe Hill consegue um feito raro: em seu romance de estreia, já é considerado um novo mestre do suspense e do terror.
Análise
O livro tem tudo pra ser bom: enredo interessante, personagens marcantes, ambientes realísticos. Mas aí vem um escritor não tão bom e consegue estragar tudo. Sim, eu sei, ele é filho do Stephen King escritor fodástico mas parece que talento não é hereditário (ou ele é adotado). Joe Hill tem a péssima mania de descrever bem demais as cenas num estilo à La Tolkien (que pra mim é outro chato). Isso mata todo e qualquer dinamismo que poderia existir na narração. Numa página temos três parágrafos descritivos, um de pensamentos de Jude e algumas linhas de diálogos e ação.
É muito, muito penoso de ler. Mas tenho certeza que se você pegá-lo para ler vai querer acabar. Porque mesmo escrevendo mal à bessa (ao menos nesse livro) ele consegue criar uma história razoavelmente interessante. O livro é dividido em duas partes principais: a parte em que ele está em casa e a parte em que ele está na estrada. Não consigo decidir qual é o mais chato. Sei que é covardia compará-lo com o pai, mas a diferença crucial entre eles é que Joe não te chama para querer saber mais sobre o que está acontecendo. Você supõe o óbvio e logo mais à frente descobre que estava certo. Isso se perdura até o final.
O final! A pior parte, totalmente previsível, chato. Você lendo os quatro primeiros capítulos consegue adivinhar o fim do livro. Isso foi o que estragou tudo. Caso o final fosse no mínimo razoável, você até aceitaria e diria que valeu a pena. Mas não, após terminar você percebe a grande perda de tempo que foi.
Conclusão
A Estrada da Noite é um livro totalmente raso e estático que nem mesmo minha sobrinha de seis anos acharia surpreendente. O fato de ser totalmente previsível, unido ao fato de levantar problemáticas já totalmente desgastadas da mesma maneira que todos os outros, faz dele o pior livro de terror/ação que li até hoje. Não recomendo a ninguém.
Como vocês já devem ter percebido, eu gosto de Sol. Ele está até na minha assinatura, às vezes. Então o método de avaliação será através de solzinhos. Valendo de um a cinco deles.
That's All Folks!
A. Lopes,
08☼01☼2014